Na vitrola: Maria Rita
Revista Mais, Edição 09 - Ano I

Jamile Ferreira


 
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Filha de Elis Regina e César Camargo Mariano, Maria Rita lança seu segundo disco, chamado "Segundo" (óbvio!), com a produção de Lenine.

Considerada a "salvação da Música Popular Brasileira", Maria Rita, 28 anos, canta a boa MPB num CD para os que se cansaram de letras e melodias pobres.

A voz e o estilo de interpretação da cantora remetem ao de seu mãe. Entretanto, sua personalidade se firma. E isso pode ser comprovado pelo fato de Maria Rita passear à vontade por diversos gêneros musicais.

A facilidade pela qual ela caminha nas melodias dá um ar "blasê" à obra, mas a classe é inegável.

E o "time" é de primeira linha, a começar pelo pianista Tiago Costa, talvez um "cover" de César Camargo Mariano na vida de Elis, e que dá suavidade às músicas com linhas melódicas delicadíssimas.

A versão de "A Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)", do grupo O Rappa, não atende à expectativa e nota-se que o "castelhano" não é um de seus fortes na canção "Mal intento", do uruguaio Jorge Drexler.

"Segundo" está nas lojas com 12 faixas e uma faixa bônus, e já chegou com 180 mil discos vendidos. No DVD, há o registro em estúdio da gravação do CD, que foi feito ao vivo - um trabalho corajoso, delicado e imperdível.

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