(...) Seguindo tais pensamentos, propõe-se
uma Universidade autônoma, democrática,
produtora de saber e inserida na realidade
brasileira. É proposto, justamente
para validar a visão de que ela é
uma geradora de “verdades” e saber
e não apenas um reflexo do capitalismo,
uma nova forma de seleção para
os candidatos: baseado na capacidade dos candidatos,
e não na análise de seus critérios
econômico-sociais e ideológicos,
que é o que realmente acontece na Universidade,
apesar do processo de seleção
de Vestibular.
Por ser uma instituição que
surge da sociedade e retorna à ela,
propõe-se uma Universidade com a participação
efetiva tanto nos problemas internos quanto
na busca para solução dos problemas
sociais. Infelizmente, o que acontece na atualidade
é o desenvolvimento de pesquisa de
ótima qualidade. Porém, ao chegar
na sociedade, não há execução
do plano proposto.
Dessa forma, a Universidade gera conhecimento
que se torna distante e praticamente virtual.
Assim, gradativamente, vai inserindo na Universidade
uma desmotivação e conseqüente
distanciamento da sociedade e seus problemas.
O que acontece hoje é justamente um
reflexo desse processo citado acima. São
gerados inúmeros trabalhos, são
informadas diversas teorias, porém,
com o distanciamento entre a Universidade
e a sociedade, começa-se a discutir
a real função da mesma.
A Universidade é um local de discussão.
A chegada a um consenso nessas discussões
gera muitos planos práticos que visam
resultados ágeis e eficazes. A proposta
é tornar essa Universidade, não
apenas fonte de saber – e sim fonte
de ação, pois os universitários
estão sendo preparados para a prática
na sociedade.
Não se deseja a formação
de profissionais, e sim de seres humanos completos
- cidadãos, profissionais - pois a
realização dos trabalhos aprendidos
na Universidade, será na sociedade
e para ela, fortalecendo assim seus conceitos,
funções, justificativa e seus
fundamentos. (...)
up!