O Rádio no Brasil

Jamile Ferreira


 
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O rádio mete dentro de casa, e quase de graça, o mundo inteiro. A grande e assombrosa vantagem do rádio é que ele é o meio mais aristocrático e mais popular dos instrumentos de difusão e tanto atinge um castelo feudal na Inglaterra quanto um coqueiro na África, passando por um bangalô na Virgínia e uma choça na Groelândia.

O rádio é a ciência e a arte postas ao alcance de todas as almas.

Dependendo da programação, qualquer horário pode ser nobre para o rádio - basta verificar como os horários matutinos se tornam a maior audiência do veículo.

O rádio deixou a sala, espalhou-se pela casa e saiu pelas ruas, praças, estádios e estradas, tornando-se o aparelho eletro-eletrônico mais vendido no país, e certamente em todo o mundo.

O rádio não escraviza ninguém: você pode dar-lhe atenção parcial, total ou esquecê-lo, mas a mensagem sempre chega ao inconsciente.

O serviço no rádio é o mais completo e é quase grátis - o rádio dá notícia, música, hora certa, previsão do tempo, cotações financeiras, cotação de produtos agrícolas, todas as modalidades de esporte, temperatura, trânsito (até via helicóptero), além de todas as gamas do serviço público (político, didático, religioso, de saúde, etc.).

Dentre os meios de comunicação, talvez o rádio seja o mais privilegiado em termos de potencialidades. Primeiro porque não necessita de que o ouvinte seja alfabetizado e também porque o rádio atinge longas distâncias, inclusive zonas rurais. (...)

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