O rádio mete dentro de casa, e quase
de graça, o mundo inteiro. A grande
e assombrosa vantagem do rádio é
que ele é o meio mais aristocrático
e mais popular dos instrumentos de difusão
e tanto atinge um castelo feudal na Inglaterra
quanto um coqueiro na África, passando
por um bangalô na Virgínia e
uma choça na Groelândia.
O rádio é a ciência e
a arte postas ao alcance de todas as almas.
Dependendo da programação, qualquer
horário pode ser nobre para o rádio
- basta verificar como os horários
matutinos se tornam a maior audiência
do veículo.
O rádio deixou a sala, espalhou-se
pela casa e saiu pelas ruas, praças,
estádios e estradas, tornando-se o
aparelho eletro-eletrônico mais vendido
no país, e certamente em todo o mundo.
O rádio não escraviza ninguém:
você pode dar-lhe atenção
parcial, total ou esquecê-lo, mas a
mensagem sempre chega ao inconsciente.
O serviço no rádio é
o mais completo e é quase grátis
- o rádio dá notícia,
música, hora certa, previsão
do tempo, cotações financeiras,
cotação de produtos agrícolas,
todas as modalidades de esporte, temperatura,
trânsito (até via helicóptero),
além de todas as gamas do serviço
público (político, didático,
religioso, de saúde, etc.).
Dentre os meios de comunicação,
talvez o rádio seja o mais privilegiado
em termos de potencialidades. Primeiro porque
não necessita de que o ouvinte seja
alfabetizado e também porque o rádio
atinge longas distâncias, inclusive
zonas rurais. (...)
up!